Ainda há quinze dias atrás, no almoço de Natal nos veio à mente a falta dos nossos velhos... Avós, e Tios Avós que nos últimos passaram para o outro lado do caminho, com a mesma dignidade e coragem que nos transmitiram ao longo da vida.
Começamos depois a pensar que os actuais Avós começam a ser mesmo os nossos Pais e que os Tios, já somos nós. Caramba, como tempo passa... inconscientemente demos por nós a mudar o rumo da conversa...
Ontem, quinze dias depois destas dissertações, fomos confrontados com a partida da avó M.
A avó M. era Mãe do tio L. e avó dos meus primos H. e N.
Todos sabem que nutro pelo Tio é um carinho indescritível, e que tenho e terei para com ele uma dívida para a vida.
O Tio L. foi uma das pessoas que me deu sangue, quando há quase 21 anos precisei de receber uma transfusão sanguínea no seguimento de uma intervenção cirúrgica.
Quem dá sangue, dá vida! E isso jamais esquecerei!
Hoje, impunha-se estar com ele, e dar-lhe a única coisa possível para o confortar - um abraço apertado e cheio de força!
Convivi com a Avó M. esporadicamente, sobretudo na fase da infância e na altura das férias estivais. Lembro-me nem dela e do Avó A. nos advertirem pela velocidade com que corríamos pelo quintal, e pela forma como galgávamos as escadas.
Lembro-me dos olhos azuis e do brilho que emanavam. Guardo o sorriso!
Guardo os bons momentos...
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