Esta simples frase poderia resumir o que foram as minhas férias.
As férias que contigo ou "sem tigo", prometi fazer!
Como vos sei curiosos, vou partilhar um "biquedinho" mais. Não muito... ;-)
É inevitável a associação, fala-se em México e pensa-se logo no místico povo Maia que deixou majestosas e "perturbadoras" marcas no território deste fabuloso país. Claro que também se pensa em clima tropical, praias de areia branca e água tépida, animação, simpatia e gente de "palmo e meio" - todos diferentes, todos tão iguais!!
Tudo isto, é o México, o meu México (e o da T.).
Note-se que o México, país da América Central, tem no turismo uma das suas principais fontes de receita.
Afinal, que mais poderia eu pedir para as férias?!
A dimensão do país e as inúmeras atracções que preserva, obrigam a algum planeamento antes de atravessar o Atlântico. A verdade, é que não fiz nada disso. Fui ao sabor do vento e da vontade! Não fiz trabalho de casa... A única coisa que sabia... ok, não era a única, mas pouco mais sabia, é que na Riviera Maia, no estado de Yucatán, a Península homónima esperava por mim! Depois... só vos posso dizer que é impossível resistir às tantas atracções que cativam o visitante...
Na senda Maia, Chichén Itza, eleita uma das novas sete maravilhas do Mundo, é uma escolha natural. Permaneceu quase incólume ao passar do tempo e é dos melhores exemplos do mundo Maia.
No final do século X, foi invadida por uma tribo guerreira, os toltecas, com a anexação de vários elementos culturais. Anos mais tarde, foi abandonada, desconhecendo-se qual o motivo, mas durante o período áureo foi, sem dúvida, a cidade mais poderosa da península de Yucatán.
Entre as suas edificações, o difícil é escolher o que ver primeiro. Tudo é fascinante! Sentimo-nos parte integrante da história da Humanidade. É indescritível.
O Templo dos Guerreiros, o Grupo das Mil Colunas, a plataforma de Vénus, Tzompantli, o "juego de la pelota", "el caracol", a igreja... a minha atenção acaba por recair sobre a maior atracção - a Pirâmide de Kukulcán - a imagem de marca. A visita começa aí mesmo... impunha-se que assim fosse. O nosso guia, o J. explica-nos tudo, hoje, acho que esteve muito bem! Mas, confesso que na altura... o calor falava mais alto e "já nem o podia ouvir" ;-)
Com 30 metros de altura, a Pirâmide de Kukulcán, detém no alto um templo e diz-se que representa um calendário Maia: cada um dos 91 degraus simboliza um dia do ano, que multiplicados pelos quatro lados da pirâmide totaliza 364, ao que se junta a plataforma somando assim 365, o número de dias solares do ano. O cariz mágico-astronómico do templo desde há muito que fascina o Homem. Aquando do equinócio da Primavera e do Outono uma serpente desce a escadaria - trata-se de um fenómeno de luz e sombra que atrai milhares de visitantes todos os anos. Preservada pela selva que a envolveu ao longo dos séculos, Chichén Itzá proporciona uma experiência mística.
Próximo de Uxmal surge Kabah, (as cidades estiveram unidas através do "scabé", o "caminho sagrado") que preserva o grandioso "Palácio de los Mascarones", com uma impressionante fachada formada por 250 máscaras do deus Chaac. Centro urbano de grande dimensão, Sayil tem no palácio a construção mais imponente e Xlapak acolhe uma das jóias do estilo Puuc: "El Palácio", com uma magnífica fachada. A pequena Labná é famosa pela harmoniosa construção em pedra chamada "El Arco".
Mas os vestígios Maias não terminam com a Ruta Puuc ou a Rota dos Deuses. Há ainda que visitar Ek' Balam, que reúne 45 estruturas e está rodeada por muralhas de pedra concêntricas.
Conta ainda com um "Juego de Pelota" e um arco onde desemboca um "sacbé". A edificação principal foi designada de La Acrópolis, uma elevação com 32 metros de altura e 158 de largura. Mayapán, Oxkintok, Yaxunah, Dzibilchaltún, Aké e Xcambó são outros lugares a descobrir.
Quem acertasse, ganhava o jogo...
Como prémio... era sacrificado :-(
Sem dúvida um local para visitar. Adorei!!
Gostei especialmente da chuva que se abateu sobre nós.
À memória veio-me a minha (nossa) caminhada pelo Malécon em Havana.
Uma molha daquelas ;-) Soube mesmo bem!!
Cidades Coloniais
Caminando para... Convento de San Bernardino de Siena
Para se ficar a conhecer melhor a cultura mexicana, é obrigatório degustar uma das muitas iguarias locais num dos restaurantes da cidade.
Eu confesso que em Valladolid me fiquei pelo gelado de... sabe Deus o quê. Bom, mas bom. Não o acabei porque não resisti a partilhá-lo com uma menina de oito anos, a M., que me abordou, para me vender um lenço bordado à mão.
Depois de uma mão cheia de conversa... dei-lhe o "meu"gelado. Acho que tal como para mim, aquele era o seu primeiro gelado de... sabe Deus o quê, ainda que ela soubesse de que era.
A verdade é que mesmo quando for velhinha, me vou lembrar dela. Mesmo que o Alzheimer me apanhe, fica aqui a história. E a expressão do rosto e o olhar dela, comigo para sempre...
É claro que a ASAE não passou ali.
Mas isso não interessa nada. Era muito bom ;-P
Natureza
A par das inúmeras marcas culturais e históricas, o estado de Yucatán pauta ainda por um património natural que convida à descontracção...
A Costa Esmeralda, banhada pelas águas sedutoras do Golfo do México, abrange uma faixa com mais de 370 km, de Celestún a Rio Lagartos (o nome não podia ser melhor escolhido - medooooo).
O azul turquesa, a areia alva e o clima tropical são, sem dúvida a imagem postal de um México que me seduziu de imediato, com muitos momentos de puro relax à sombra de esguias palmeiras, e em hamacas submersas de água muy caliente...
Porto de entrada para o estado de Yucatán, Progresso é o lugar certo para a prática de desportos naúticos, como caiaque, windsurf e kitesurf . É que por ali, o vento é como certa vez me disseram, "um fenómeno natural intrínseco da natureza" ;-).
Ainda assim, um aviso à navegação - atenção às rochas...
É também um ponto de chegada de muitos cruzeiros. As águas serenas e transparentes de Telchac seduzem ao mergulho enquanto Sisal é o lugar de eleição de várias espécies de aves migratórias.
Grutas e cenotes (uma espécie de poços naturais de água doce) são outras das ofertas de Yucatán.
Claro que se impõe uma visita a Coba, Tulum, aos parques naturais de Xel-Há e Xcaret e às ilhas: Cozumel - ilha verdejante situada junto à barreira de corais - e à ilha das Mulheres - muito igual a Cayo Blanco (Cuba) ou Saona, na Republica Dominicana...
Fica uma pergunta no ar... para quando a ilha dos Homens?!
P.S. - Volver ao México?! Com mucho gusto!!
Asi se siente México, como unos lábios por la piel. Asi te envuelve México, asi te sabe México
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