Não posso estar mais de acordo com o que escreveu Vítor Rainho no editorial da revista Tabu, na Edição de ontem do Semanário Sol.
Segundo refere: "há figuras na História, que independentemente do que se escreva sobre elas, serão eternamente olhadas com fascínio ou ódio. Fidel Castro é um exemplo."
Não há dúvidas...
Continua escrevendo: "Os seus seguidores defenderão sempre que se opôs aos americanos, que deu educação e saúde ao povo e que transformou Cuba (...) numa fortaleza contra o imperialismo selvagem. (...) O seu lado romântico é ainda acentuado por ter descido das montanhas para "correr" do poder com um Presidente vergado ao jugo dos americanos e que permitiu grandes desigualdades sociais no País. Os mais velhos habitantes da ilha lembram-se do tempo em que não tinham alimentação, acesso à escola e à saúde.
Aqueles odeiam o velho comandante preferem falar nos presos políticos, na falta de liberdade (de opinião, de livre circulação), na fome que passar o povo após a queda do muro de Berlim - quando acabaram as ajudas do "império" da antiga União Soviética - e insurgem-se contra um aparelho de Estado que vive à margem das dificuldades do povo."
Eu estive em Cuba em Agosto de 2006. Tal como Vítor Rainho também ouvi dos habitantes da ilha versões muito dispares. "Ha echo muchas cosas - buenas e nemos beunas" diziam-me na altura, sempre em sussurro.
Foi, de facto, uma cidade em ruínas que encontrei. Atrevo-me a dizer que Habana é das cidades mais bonitas que já tive oportunidade de visitar (opinião partilhada pelo jornalista), e onde confesso tenho muita vontade de voltar.
Havana parou no tempo, "como se 1959 fosse hoje, com excepção dos prédios estarem em ruínas e os automóveis antigos terem a companhia de uns tantos modernos para alugar aos turistas. Em algumas praias", e Varadero não é excepção, "a polícia vigiava dos telhados dos hotéis os cubanos indesejados, enquanto as mulheres se prostituíam a qualquer preço.
Mas também foi um país altamente culto aquele que encontrei. Desde o bagageiro" ao taxista que sabia que Portugal era uma República, com eleições recentes e cujo Presidente era Cavaco Silva, que já havia sido Primeiro-Ministro. que sabiam que em Portugal também existe Cuba - no Alentejo. Que conhece Luís Represas, Rui Veloso, Amália e imagine-se Quim Barreiros! Imaginam um Cubano a cantar Quim Barreiros e o seu "bacalhau..." sobre as finas e brancas areias de Cayo Blanco?! Pois é verdade. E mais disse os rios e os distritos de Portugal de tal forma rápido que nos envergonhou a todos...
Cuba "é um país que no campo da medicina, em várias especialidades, tem muito para ensinar ao mundo."
Aproxima-se o final de uma era... ou de um sonho."
P.S. - Não estou certa que mude, mas a verdade é que jamais será o mesmo.
Se isso é bom?!
Nada que seja levado ao extremo é bom...
Segundo refere: "há figuras na História, que independentemente do que se escreva sobre elas, serão eternamente olhadas com fascínio ou ódio. Fidel Castro é um exemplo."
Não há dúvidas...
Continua escrevendo: "Os seus seguidores defenderão sempre que se opôs aos americanos, que deu educação e saúde ao povo e que transformou Cuba (...) numa fortaleza contra o imperialismo selvagem. (...) O seu lado romântico é ainda acentuado por ter descido das montanhas para "correr" do poder com um Presidente vergado ao jugo dos americanos e que permitiu grandes desigualdades sociais no País. Os mais velhos habitantes da ilha lembram-se do tempo em que não tinham alimentação, acesso à escola e à saúde.
Aqueles odeiam o velho comandante preferem falar nos presos políticos, na falta de liberdade (de opinião, de livre circulação), na fome que passar o povo após a queda do muro de Berlim - quando acabaram as ajudas do "império" da antiga União Soviética - e insurgem-se contra um aparelho de Estado que vive à margem das dificuldades do povo."
Eu estive em Cuba em Agosto de 2006. Tal como Vítor Rainho também ouvi dos habitantes da ilha versões muito dispares. "Ha echo muchas cosas - buenas e nemos beunas" diziam-me na altura, sempre em sussurro.
Foi, de facto, uma cidade em ruínas que encontrei. Atrevo-me a dizer que Habana é das cidades mais bonitas que já tive oportunidade de visitar (opinião partilhada pelo jornalista), e onde confesso tenho muita vontade de voltar.
Havana parou no tempo, "como se 1959 fosse hoje, com excepção dos prédios estarem em ruínas e os automóveis antigos terem a companhia de uns tantos modernos para alugar aos turistas. Em algumas praias", e Varadero não é excepção, "a polícia vigiava dos telhados dos hotéis os cubanos indesejados, enquanto as mulheres se prostituíam a qualquer preço.
Mas também foi um país altamente culto aquele que encontrei. Desde o bagageiro" ao taxista que sabia que Portugal era uma República, com eleições recentes e cujo Presidente era Cavaco Silva, que já havia sido Primeiro-Ministro. que sabiam que em Portugal também existe Cuba - no Alentejo. Que conhece Luís Represas, Rui Veloso, Amália e imagine-se Quim Barreiros! Imaginam um Cubano a cantar Quim Barreiros e o seu "bacalhau..." sobre as finas e brancas areias de Cayo Blanco?! Pois é verdade. E mais disse os rios e os distritos de Portugal de tal forma rápido que nos envergonhou a todos...
Cuba "é um país que no campo da medicina, em várias especialidades, tem muito para ensinar ao mundo."
Aproxima-se o final de uma era... ou de um sonho."
P.S. - Não estou certa que mude, mas a verdade é que jamais será o mesmo.
Se isso é bom?!
Nada que seja levado ao extremo é bom...
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