domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sente-se...


Não se explica a beleza que encerra um Pôr do Sol. Sente-se!!
Há tanta coisa que não se explica...
Este foi um Pôr do Sol muito especial...
Estava longe de o apreciar ali contigo.
Foi um momento, de muitos, de uma tarde muito bem passada. Com tanto de bom, como de assustador...
Depois do muito que falámos e do que vivemos, como não poderia deixar de ser. Quem me conhece sabe que é assim... Fiquei a pensar...
Conclui que não estava a ser correcta.
Conclui que não tinha o direito de mexer com os teus sentimentos desta forma.
Conclui que não queria provocar em ti o mesmo que já vivi.
Não se gosta de mais, quando não gosta o suficiente. Não consigo ser mais honesta.
Foste tu mesmo a dizer que estavamos no "limbo"... Entre ser e não ser...
Prefiro ser alguma coisa, mas de forma consciente.
Não ia a dar o mesmo que tu, e isso assusta-me. Não faz parte do meu ser. Ou estou por inteiro, ou não estou. E a verdade é que não consigo estar mais... seria mentir-te, mentir-nos e isso é a última coisa que quero.
Estou a atravessar uma fase estranha, e...
Quando terminas uma relação de alguns anos - quando gostas, quando dás, quando te dás - as coisas tem um significado diferente... Não andas por andar.
Estas porque gostas, estás porque queres, estás porque acreditas que a história pode ter um final diferente e não, não tem que acabar em casamento, com um bando de filhos à volta! Acreditas que se pode crescer em conjunto.
De repente, vês / sentes que não é bem assim. Mas a verdade é que não tens explicação para o que acontece (aconteceu). É estranho quando ambos os lados admitem que gostam um do outro, mas... falta qualquer coisa. Falta a vontade, falta o querer crescer junto. Eu acho que falta mais... mas essa parte ficou por revelar. Agora também não interessa nada!!
O tempo vai passando e a malta rehabitua-se a viver sozinha, a mandar no tempo livre, a decidir sozinha o que quer e não que fazer.
Sinto que estou um "biquedinho" egoísta. Estou muito virada para mim... para as minhas meditações, para a minha profissão, para a minha salsa, para os meus livros, para a minha música, para a minha vontade de querer tudo e de não querer nada.
E de repente... num pé de salsa, do meio do "nada" apareces tu...
Não gosto de enganar ninguém, nem de me sentir enganada.
Só quero que percebas o que sinto. É complicado explicar, sente-se.
Não tenho medo de assumir uma relação. Nunca tive. Mas, neste momento, também não quero nenhuma. Não enquanto não sentir que estou a dar. Dar sem medir se é de mais ou se é de menos. Dar, simplesmente dar!
E é por tudo isto, que não quero que te prendas. Não quero que deixes de viver.
Acho que és uma pessoa muito especial. E não queria deixar te explicar... mais uma vez!

P.S. - Nunca me imaginei a ter este tipo de discurso... Definitivamente, há coisas que não se explicam. Sentem-se!

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