O P.T. não podia ter escolhido melhor dia! O "Dia da Liberdade". Afinal, esta experiência, é para mim, o expoente máximo da liberdade ;-)Percebes-me agora, certo?!
Eu celebrei os meus 30 anos assim... que dizer... na verdade foi algum tempo depois. Muito a tempo ;-)
Não se explica... sente-se!!
A três mil metros de altitude, no azul do céu de Évora, qualquer um pode voar como um pássaro e experimentar a emoção de um salto em queda livre a 200 km/h. Em absoluta segurança. A sensação plena de liberdade.
Quando a porta do avião Cessna 182 se abre ao espaço infinito, a três mil metros de altitude, sobre o aeródromo de Évora, o ruído do vento substitui o ronco do motor e as batidas do coração alteram-se rapidamente. E como...
Com as mãos firmes no montante da asa e os pés posicionados no estribo sobre a roda, o corpo hesita por um breve instante antes de saltar para o vazio. "É agora" é o que sem pensa... ou não... é uma questão de segundos...É o momento crucial de um salto “tandem”, um salto de pára-quedas com um instrutor, acessível a qualquer pessoa que disponha de muita curiosidade e "alguma" dose de atrevimento.
A contagem regressiva começa: instrutor e passageiro, atados por tiras de material sintético e equipados com um pára-quedas de grandes dimensões, acoplado às costas do instrutor, posicionam-se para o salto em queda livre, que irá durar cerca de 30 segundos, numa estonteante velocidade de 200 km/h (ou 55 metros por segundo) por mais de 1500 metros de percurso aéreo.
Durante os primeiros segundos no ar a noção de tempo e de espaço altera-se. Desde que as mãos e os pés se soltam da minúscula plataforma sob as asas do avião, a vertigem do desconhecido apossa-se de nós, num tom de euforia jamais experimentada em terra firme.
Num “flash”, as imagens sucedem-se – vê-se o avião contra o azul do céu, as nuvens brancas esparsas, os campos verdes no solo.Em questão de segundos, o corpo estabiliza-se, os braços ficam a abanar devido ao turbilhão de ar, e está-se a voar.Numa sensação única, o corpo está relaxado, com as pernas lançadas para trás, os joelhos levemente dobrados e a barriga voltada para o solo.
Voar como os pássaros
Os 30 segundos de queda livre parecem dilatar-se no tempo - infindável, mágicos e de uma leveza surpreendente. Toda a paisagem é distinguida com clareza – Évora com suas muralhas medievais, os campos verdes a estenderem-se no horizonte, o aeródromo, os hangares e os seus aviões como delicadas miniaturas sob a luz do sol. Lindo!!! Absolutamente fantástico!!
O aparecimento de outro pára-quedista, que filma o salto através da câmara de vídeo acoplada ao capacete, dá a sensação que se está suspenso no ar azul. Os seus movimentos lentos, a avançar e a recuar enquanto tira fotografias e filma o rosto extasiado do passageiro, fazem acreditar que não existe a incrível velocidade da queda livre.
Subitamente, a abertura do pára-quedas do instrutor provoca um breve esticão no corpo do passageiro, num desordenado movimento de pernas e braços. É só uma sacudidela que anuncia o início do voo, a verdadeira sensação de planeio no céu, como os pássaros.
A imensa calote do pára-quedas – um modelo tipo A, de 38 a 42 metros quadrados de área rectangular, composta por nove células ocas por onde o ar circula e mantém a sustentação – é a grande asa que vagarosamente realiza o percurso até o solo.
A lenta descida, que dura cerca de 12 minutos, é tempo suficiente para se admirar cada detalhe da paisagem. O vasto chão revestido de verde, pontuado por pequenas barragens ao longe e pelas quintas com piscinas de águas claras à volta do aeródromo. Logo, surge a pista de aterragem, um traçado claro para a orientação do instrutor, que inicia as manobras de aproximação ao solo. As grandes voltas no ar vão diminuindo de extensão e, a partir dos 500 metros de altitude, é o momento de se dirigir para a zona de aterragem, marcada por um indicador da direcção e força do vento. O chão agora já está próximo e o instrutor orienta o passageiro para dobrar os joelhos antes do poiso. "Já?!..."
Com precisão, o instrutor maneja os cordões de controlo da calote do pára-quedas e, a poucos metros do solo, realiza a travagem. Num ápice, instrutor e passageiro já estão no chão relvado a receber as boas vindas dos demais pára-quedistas e dos alunos que se iniciam na prática nas várias escolas de pára-quedismo instaladas no aeródromo de Évora.
Uma experiência inesquecível
De volta ao chão, com um largo sorriso no rosto, o passageiro saboreia a inédita experiência que teve início ainda no hangar do aeródromo de Évora, no momento em que o instrutor se equipa e dá as orientações sobre o próximo embarque e voo. “Vamos sentar-nos juntos, próximo da porta do avião, e daí sairemos para debaixo da asa. Ao meu sinal, soltaremos as mãos e vamos dar um impulso com o corpo para trás.”, explicam os instrutores, especialistas em salto “tandem”.
Chega a hora do embarque e o avião dirige-se para a pista, inicia a descolagem e num minuto já está a sobrevoar em espiral o aeródromo de Évora. Com as coordenadas de voo verificadas, o piloto posicionou o avião contra o vento, na área correcta para largar o instrutor e o passageiro. O vento é fraco, o céu estava azul e a temperatura amena. O cenário era ideal para perceber “porque os pássaros cantam”, não se explica... sentes-se!!
Eu celebrei os meus 30 anos assim... que dizer... na verdade foi algum tempo depois. Muito a tempo ;-)
Não se explica... sente-se!!
A três mil metros de altitude, no azul do céu de Évora, qualquer um pode voar como um pássaro e experimentar a emoção de um salto em queda livre a 200 km/h. Em absoluta segurança. A sensação plena de liberdade.
Quando a porta do avião Cessna 182 se abre ao espaço infinito, a três mil metros de altitude, sobre o aeródromo de Évora, o ruído do vento substitui o ronco do motor e as batidas do coração alteram-se rapidamente. E como...
Com as mãos firmes no montante da asa e os pés posicionados no estribo sobre a roda, o corpo hesita por um breve instante antes de saltar para o vazio. "É agora" é o que sem pensa... ou não... é uma questão de segundos...É o momento crucial de um salto “tandem”, um salto de pára-quedas com um instrutor, acessível a qualquer pessoa que disponha de muita curiosidade e "alguma" dose de atrevimento.
A contagem regressiva começa: instrutor e passageiro, atados por tiras de material sintético e equipados com um pára-quedas de grandes dimensões, acoplado às costas do instrutor, posicionam-se para o salto em queda livre, que irá durar cerca de 30 segundos, numa estonteante velocidade de 200 km/h (ou 55 metros por segundo) por mais de 1500 metros de percurso aéreo.
Durante os primeiros segundos no ar a noção de tempo e de espaço altera-se. Desde que as mãos e os pés se soltam da minúscula plataforma sob as asas do avião, a vertigem do desconhecido apossa-se de nós, num tom de euforia jamais experimentada em terra firme.
Num “flash”, as imagens sucedem-se – vê-se o avião contra o azul do céu, as nuvens brancas esparsas, os campos verdes no solo.Em questão de segundos, o corpo estabiliza-se, os braços ficam a abanar devido ao turbilhão de ar, e está-se a voar.Numa sensação única, o corpo está relaxado, com as pernas lançadas para trás, os joelhos levemente dobrados e a barriga voltada para o solo.
Voar como os pássaros
Os 30 segundos de queda livre parecem dilatar-se no tempo - infindável, mágicos e de uma leveza surpreendente. Toda a paisagem é distinguida com clareza – Évora com suas muralhas medievais, os campos verdes a estenderem-se no horizonte, o aeródromo, os hangares e os seus aviões como delicadas miniaturas sob a luz do sol. Lindo!!! Absolutamente fantástico!!
O aparecimento de outro pára-quedista, que filma o salto através da câmara de vídeo acoplada ao capacete, dá a sensação que se está suspenso no ar azul. Os seus movimentos lentos, a avançar e a recuar enquanto tira fotografias e filma o rosto extasiado do passageiro, fazem acreditar que não existe a incrível velocidade da queda livre.
Subitamente, a abertura do pára-quedas do instrutor provoca um breve esticão no corpo do passageiro, num desordenado movimento de pernas e braços. É só uma sacudidela que anuncia o início do voo, a verdadeira sensação de planeio no céu, como os pássaros.
A imensa calote do pára-quedas – um modelo tipo A, de 38 a 42 metros quadrados de área rectangular, composta por nove células ocas por onde o ar circula e mantém a sustentação – é a grande asa que vagarosamente realiza o percurso até o solo.
A lenta descida, que dura cerca de 12 minutos, é tempo suficiente para se admirar cada detalhe da paisagem. O vasto chão revestido de verde, pontuado por pequenas barragens ao longe e pelas quintas com piscinas de águas claras à volta do aeródromo. Logo, surge a pista de aterragem, um traçado claro para a orientação do instrutor, que inicia as manobras de aproximação ao solo. As grandes voltas no ar vão diminuindo de extensão e, a partir dos 500 metros de altitude, é o momento de se dirigir para a zona de aterragem, marcada por um indicador da direcção e força do vento. O chão agora já está próximo e o instrutor orienta o passageiro para dobrar os joelhos antes do poiso. "Já?!..."
Com precisão, o instrutor maneja os cordões de controlo da calote do pára-quedas e, a poucos metros do solo, realiza a travagem. Num ápice, instrutor e passageiro já estão no chão relvado a receber as boas vindas dos demais pára-quedistas e dos alunos que se iniciam na prática nas várias escolas de pára-quedismo instaladas no aeródromo de Évora.
Uma experiência inesquecível
De volta ao chão, com um largo sorriso no rosto, o passageiro saboreia a inédita experiência que teve início ainda no hangar do aeródromo de Évora, no momento em que o instrutor se equipa e dá as orientações sobre o próximo embarque e voo. “Vamos sentar-nos juntos, próximo da porta do avião, e daí sairemos para debaixo da asa. Ao meu sinal, soltaremos as mãos e vamos dar um impulso com o corpo para trás.”, explicam os instrutores, especialistas em salto “tandem”.
Chega a hora do embarque e o avião dirige-se para a pista, inicia a descolagem e num minuto já está a sobrevoar em espiral o aeródromo de Évora. Com as coordenadas de voo verificadas, o piloto posicionou o avião contra o vento, na área correcta para largar o instrutor e o passageiro. O vento é fraco, o céu estava azul e a temperatura amena. O cenário era ideal para perceber “porque os pássaros cantam”, não se explica... sentes-se!!
R Kelly - I Believe I Can Fly
Eu tinha avisado ;-) Sabia que ias gostar... "Fantástico! Quero ir outra vez." - foi o que disseste. É o que dizemos todos!
P.S. - Escolheste a melhor forma de comemorar o Dia da Liberdade... Foi impossível não me lembrar da F.... impossível mesmo!!
3 comentários:
Em queda livre não se houve nada, para além da deslocação de vento… mas no teu filme consegue-se ouvir, um grito teu… muito bom! ;-D
É uma sensação absolutamente fenomenal, como todos dizemos, não se consegue explicar, tem que se sentir!
Gostei tanto ou tão pouco… que vou voltar! E como tu dizes, “está dito, está dito”.
No ar, ninguém se lembra de nada, mas em terra lembrei-me das duas princesas, que me deram exactamente a realidade que apanhei… foi tal e qual, o que tu e a P., me relataram, sem tirar nem pôr!
Só me lembro de uma música… “queremos mais, queremos mais!”
Agora… “se dúvidas houvesse”, doutora, quais dúvidas? De quem? Quando? Porquê? Como? ;-p
Desnaturada!
A moeda só caiu, quando vi os tipos à minha frente a desaparecerem… aí sim o sistema processou e dei por mim a pensar e a perguntar, “quis saber quem sou? (sobretudo) o que faço aqui? Quem (espero bem que não e olhei para trás) me abandonou? Por quem me (espero não) esquecer!” e fui… aliás para estar a escrever isto é mais, fomos!
É divino! Com toda a carga mística que tem associado!
Não tinha, visto filme absolutamente nenhum, nem fotos, não sabia ao que ia… ver o teu filme agora, faz outro sentido, faz todo o sentido! Não quis vídeo e ainda bem… o meu operador de imagem, afastou-se de nós e só perto da abertura do pára-quedas é que ele nos apanhou… se tivesse pago o filme, trazia nuvens e vento! Como recordação! :-D
Beijos… aliás, meio beijo, porque ainda há dúvidas… ;-D
Se dúvidas houvesse...
"Se" faz parte do condicional.
Se alguém disse que havia dúvidas, não terei sido eu!
"Está dito, está dito".
Nada como saltar no verão... digo eu ;-)
Nada apaga aquelas cores...
Continuo a dizer que não se explica... Sente-se!
Beijo e meio... ;-)
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